Não Acabou
Sintepp diz que proposta do governo não satisfaz
A greve dos professores da rede estadual de ensino do Pará ainda não terminou e entra amanhã em uma fase decisiva. Às 9 horas, a categoria se reúne em frente à Basílica Santuário de Nazaré para concentração dos professores, que realizarão uma passeata em direção ao Centro Integrado de Governo (CIG), onde uma comissão será recebida por representantes do governo do Estado para uma mesa de negociações. Os trabalhadores pretendem apresentar a proposta de reajuste linear de 10,07% para os professores de níveis médio e superior e técnicos em educação, rejeitando proposta do governo que diferencia reajustes para cada nível. A categoria também defende valor linear na concessão de vale-alimentação, mas não especifica de quanto pode ser o benefício.
A manutenção da greve contraria notícia divulgada ontem, em O LIBERAL, de que os professores, em consonância com as 10 categorias da Intersindical, teriam colocado fim à greve que completa hoje 38 dias. Apesar de sinalizar com a possibilidade de acordo, Conceição Holanda, coordenadora geral do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública no Pará (Sintepp), afirma que serão apresentadas algumas condições para o consenso. 'Queremos retirada da ação (do governo contra os professores) na Justiça; que o Estado sinalize para amanhã o reajuste do abono do Fundeb (Fundo da Educação Básica); nenhuma punição aos grevistas; e que o governo sinalize conceder o reajuste linear até o final do ano', explica.
Para Walmir Freire, do Comando de Greve, as propostas apresentadas pelos professores demonstram boa vontade da categoria, que pleiteava inicialmente 70% de reajuste, reduzidos para 30% no dia 24 de abril e, agora, para 10,07% para todos os níveis. 'O governo jogou desde o início para dividir a categoria, com reajuste diferenciado, mas demos resposta em unidade', avalia. Os professores também afirmam que, a despeito do argumento relativo à Lei de Responsabilidade Fiscal, que define limites para gastos do orçamento estaduais, a governadora Ana Júlia Carepa pode, por lei, ter gastos com pagamento de pessoal de até 56% do orçamento no ano. Quanto à não realização das aulas, Conceição Holanda argumenta que a educação não é considerada, dentro da Lei de Greve, como serviço essencial.
'A categoria permanece em greve, e somente a categoria em assembléia, na segunda-feira, é que vai decidir se sai ou não de greve', enfatiza Freire.
A manutenção da greve contraria notícia divulgada ontem, em O LIBERAL, de que os professores, em consonância com as 10 categorias da Intersindical, teriam colocado fim à greve que completa hoje 38 dias. Apesar de sinalizar com a possibilidade de acordo, Conceição Holanda, coordenadora geral do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública no Pará (Sintepp), afirma que serão apresentadas algumas condições para o consenso. 'Queremos retirada da ação (do governo contra os professores) na Justiça; que o Estado sinalize para amanhã o reajuste do abono do Fundeb (Fundo da Educação Básica); nenhuma punição aos grevistas; e que o governo sinalize conceder o reajuste linear até o final do ano', explica.
Para Walmir Freire, do Comando de Greve, as propostas apresentadas pelos professores demonstram boa vontade da categoria, que pleiteava inicialmente 70% de reajuste, reduzidos para 30% no dia 24 de abril e, agora, para 10,07% para todos os níveis. 'O governo jogou desde o início para dividir a categoria, com reajuste diferenciado, mas demos resposta em unidade', avalia. Os professores também afirmam que, a despeito do argumento relativo à Lei de Responsabilidade Fiscal, que define limites para gastos do orçamento estaduais, a governadora Ana Júlia Carepa pode, por lei, ter gastos com pagamento de pessoal de até 56% do orçamento no ano. Quanto à não realização das aulas, Conceição Holanda argumenta que a educação não é considerada, dentro da Lei de Greve, como serviço essencial.
'A categoria permanece em greve, e somente a categoria em assembléia, na segunda-feira, é que vai decidir se sai ou não de greve', enfatiza Freire.
Fonte: O LIBERAL, 01.06.08
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