domingo, 2 de março de 2008

Por que eu mereço ser desembargador?

Os advogados do Pará vão escolher, na próxima sexta-feira, seis candidatos a ocupar, no Tribunal de Justiça do Estado (TJE). São onze os concorrentes.
O jornal O LIBERAL, de 01.03.08, ouviu todos os 11 concorrentes ao pleito e pediu que respondessem ao seguinte questionamento: 'Por que eu mereço ser desembargador?'

Abaixo destacamos algumas respostas:
PAULO SÉRGIO WEYL ALBUQUERQUE COSTA
Tenho afirmado o compromisso com a efetividade do princípio da razoável duração do processo. Enfrentamos, em nosso País, um 'déficit de jurisdição'. Mesmo com os notáveis esforços dos Poder Judiciário, o Brasil ainda não superou a lentidão na entrega da Justiça. Não a entrega de Direitos Econômicos, Sociais, Culturais, que não podem ser afastados da pauta do Judiciário. O que é incômodo é a lentidão. O que dissemina um sentimento negativo sobre todas as instituições. Minha perspectiva é humilde. Pretendo contribuir com o aperfeicoamento de um essencial Poder do Estado. Longe da fantasia de resolver os crônicos problemas do sistema do judicário paraense, coloco minha candidatura, pautado nas idéias de efetividade dos direitos fundamentais.

JOSÉ ALOYSIO CAVALCANTE CAMPOS
Nasci em Santarém, em 1957, formando-me em dezembro de 79. Imediatamente, iniciei a militância como advogado do Banpará. Após pós-graduação em 82, ministrei aulas de Direito Civil na Unama e UFPA, até 1998. Em oito anos como procurador-geral do Estado, concursado em 96, adquiri mais experiência jurídica e administrativa e o trato entre pessoas e instituições. Crente em Deus, os meus valores, familiares e os meus próprios, construídos em 28 anos de militância (entre erros e acertos), são a humildade, disciplina e boa vontade. Nesta sociedade complexa, acredito que o cargo de desembargador exige experiência profissional, sensibilidade aos fatos sociais, harmonia entre pessoas e instituições, conhecimento jurídico, valores éticos e morais.

JORGE LOPES DE FARIAS
Por haver forjado uma trajetória de mais de 20 anos em militância na 'advocacia social' - pautada, sempre que possível, no chamado 'Direito Alternativo', que se empenha em combater as violações aos Direitos Humanos, ainda tão freqüentes em nosso Estado, na Amazônia e no Brasil -, militância essa que se confunde com a condição de membro e vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB-PA e membro da Comissão congênere do Conselho Federal da OAB. Além de representar, como poucos, a pluralidade e a diversidade, em uma eventual eleição e escolha para o cargo de desembargador do TJE, por entender, tal como afirmou um jurista argentino: 'Uma das maneiras de garantir a imparcialidade do Poder Judiciário é garantir a sua pluralidade.

JOSÉ RUBENS LEÃO
Entendo merecer uma vaga no desembargo do Judiciário paraense para poder contribuir com minha experiência de 18 anos de ativa militância profissional, que levaria para o TJE a visão de Justiça pelos olhos do advogado. Para somar esforços no sentido de melhorar a prestação jurisdicional no primeiro grau de jurisdição, nos Juizados Especiais e viabilizar a implantação das varas agrárias que ainda não foram efetivadas, dotando-as de condições físicas adequadas, pessoal especializado e material. Contribuir para racionalização da cobrança de custas judiciais, a fim de tornar a Justiça mais acessível, bem como apresentar propostas de administração na tramitação dos processos, com vistas a agilizar o julgamento dos recursos no segundo grau.
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Em tempo: Por que nós não queremos ser desembargador?
Porque sofremos de sinuzite, rs!

Um comentário:

Anônimo disse...

José Rubens Leão infelizmente não respeita a vontade de milhôes de brasileiros que não querem bandidos na política. Ele quer. Tomara que nunca chegue a desenbargador. O povo do Pará não merece um representante com esse baixo nível de entendimento da vontade popular de acabar com a corrupção. Ele quer que ela continue...