sexta-feira, 14 de março de 2008

Belém adere à greve nacional por salários

EDUCAÇÃO Escolas públicas param, hoje, nas capitais
O Pará vai aderir à paralisação nacional de 24 horas das escolas públicas que ocorre, hoje, nas capitais de todo o país. A mobilização tem como principal reivindicação o reajuste salarial dos profissionais da educação com base no piso mínimo estabelecido pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Sócio-Econômicos - Dieese, de R$ 1.940,00. Atualmente, um professor de escola pública recebe, no Estado, R$ 950,00 por cada 40 horas trabalhadas. Em Belém, a programação conta com ato público e passeata, que sairá da praça da Basílica Santuário de Nazaré em direção à Secretaria de Administração (Sead) e, depois, ao Centro Integrado de Governo (CIG).Conforme as expectativas de Eloy Borges, coordenador geral do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público do Pará (Sintepp), a meta é mobilizar professores, servidores e demais profissionais da educação das 500 escolas sediadas na capital. As instituições de ensino dos municípios também foram convidadas. A passeata iniciará por volta das 9h e seguirá pelas avenidas Governador José Malcher e Nazaré, até à Sead, e, depois, ao CIG, onde será entregue a pauta de reivindicação da categoria para 2008. “ Nosso objetivo é pressionar o governo e iniciar um processo de negociação que permita alavancar a aprovação do projeto de lei que prevê o reajuste do piso salarial do magistério e a fixação do nosso plano de carreira”, sintetiza Borges. A perspectiva do Sintepp com relação ao Governo do Pará é de, no mínimo, ser bem recebido. “Sabemos que a educação pública no Brasil é desprestigiada há muito tempo. Existem lugares no Brasil em que um professor recebe menos de um salário mínimo. Esperamos que esse ato demonstre que o magistério necessita ser valorizado de uma forma real e consistente, o mais rápido possível”, observa o coordenador. As atividades nas escolas públicas, em Belém, devem parar em 60%. Segundo dados da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), o Brasil convive hoje com a discrepância de 5 mil pisos salariais diferentes.
Fonte: Diário do Pará, 14.03.2008

Um comentário:

Anônimo disse...

Nós, professores, temos que tomar uma decisão indispensável para o fortalecimento da classe educadora:
filiarmos, sem exceção, ao Sintepp.
Não é possível, que depois de toda a humilhação contra os responsáveis
pelo crescimento harmonioso, em todos os setores, desse Estado, não se tome consciência.